Desventuras em Série – Semana 11: Lemony Snicket – uma lenda?

Como vimos, Lemony Snicket é um pseudônimo de Daniel Handler, e o nome fictício é usado de uma forma divertida e descontraída. Em uma entrevista o autor falou sobre:

“Tudo começou como uma brincadeira! Lemony Snicket era um nome que eu costumava assinar em cartas para brincar com os editores dos jornais. Era um nome que eu usava também com alguns amigos em cartões de visita para distribuir em bares. No momento em que eu comecei a escrever um livro para crianças, fazia sentido que Lemony Snicket fosse o narrador, afinal esse nome tem todo um tom de mistério literário”, comenta o autor.

Não apenas um pseudônimo, Lemony é o alter ego de Handler e também um mistério literário que intriga muito os fãs, mesmo aqueles que já leram a série. Com a possibilidade de poder escrever sobre a visão de outra pessoa, Handler acabou criando uma vida, ou melhor, uma lenda para seu narrador de uma forma divertida e intrigante.

Diz a lenda que ele foi levado quando muito pequeno de casa e família por uma organização chamada C.S.C (Corporação de Salvamento de Chamas), onde se tornou voluntário depois de muitos testes de longa duração.

Mas o que é a C.S.C?

É uma organização secreta, que não se sabe bem a sua finalidade; o “ Chamas”, que nos faz lembrar logo de fogo, pode levar a outras interpretações também. O que sabemos é que os membros são conhecidos por possuírem e terem incontáveis noções acadêmicas, muitas delas até incomuns, como criptografia, o treinamento de disfarces, espionagem, prevenção de crimes, ativismo social e a projetos de condicionamento animal.

Seu lema é “ Aqui o mundo é sereno”, o que podemos interpretar como a luta pelo sereno, pacífico, seguro, calmo, culto e contemplativo e combatem o mal e a ignorância, isso se formos interpretar de forma metafórica. Sendo assim, a C.S.C dedica-se a coletar informações em vários lugares através dos livros e em reuni-las em vários lugares secretos e “seguros”. Acredita-se que em determinado momento essa organização dividiu-se em dois lados: Os que combatiam os incêndios e os que os iniciaram. Os voluntários ou membros possuem uma tatuagem de um olho em seu tornozelo esquerdo.

Daniel Handler ainda comenta como é escrever e ser feliz com o que faz: “A melhor coisa disso tudo é que eu ganho a vida através da literatura e que posso passar grande parte do meu dia imaginando histórias e ações em livros, tanto para Snicket quanto para mim. Isso é muito mais do que eu sonhei para minha vida”.

Recomendo a leitura da autobiografia não autorizada do Daniel Handler que responde muitas perguntas que ficam no ar depois de ler o décimo terceiro livro e além de explicar um pouco mais sobre essa questão.