04/06/2016

Resenha: O Clã dos Cavaleiros Perdidos – A Harpa Sagrada

Título: O Clã dos Cavaleiros Perdidos – A Harpa Sagrada
Autor: Antonio Bento Ferraz
Editora: E-galáxia
ISBN: 
9788584740369
Ano: 
2015
Páginas: 
194
Compre: Aqui

Sinopse:

O Rei Theike, senhor de um dos Sete Reinos do Oeste, reúne seus súditos três anos após a derrota para os povos do Leste, a fim de planejar uma revanche. O primeiro passo, no entanto, é guardar em local seguro um objeto capaz de decidir o resultado da guerra: a Harpa Sagrada, toda confeccionada em ouro e capaz de provocar o fim dos tempos. 
Para isso, convoca os herdeiros de cada um dos Sete Reinos para que formem um clã e, juntos, levem a harpa em segurança ao Templo das Fadas, guardado pela Rainha Niva e suas discípulas. 
Após um período de treinamento, os príncipes partem por terras destruídas e repletas de perigos, encontrando aliados como o índio Morcego Langäk, mas também inimigos como os terríveis Homens-Urso. No percurso, vão descobrir que a maior dificuldade será lidar com seus próprios egos e ideais.
A Harpa Sagrada é o primeiro volume da tetralogia O Clã dos Cavaleiros Perdidos e narra a jornada dos príncipes Aurun, Shadal, Mënor, Pálago, Úrios, Tom e Bürki, e da princesa Lyla, ao Templo das Fadas.

Resenha:

Fantasia é um gênero que eu gosto. A riqueza que a trama pode carregar, a multiplicidade de abordagens, a saída da realidade para falar dela... Todos esses elementos dão à fantasia a possibilidade de ser um gênero ímpar. Contudo, quando mal trabalhada, essa mesma multiplicidade pode se tornar frustrante. Em O Clã dos Cavaleiros Perdidos, o autor, infelizmente, não alcançou a profundidade necessária para tornar a sua obra memorável.

O primeiro ponto que frustra na referida obra é a falta de originalidade. É claro que existem alguns pontos novos e até interessantes. Contudo, a estrutura base é repetitiva e apropriada de outras obras de maior apelo. Perceba: sete reinos separados de selvagens por uma muralha que parecia indestrutível, mas não é. Uma jornada com um objeto que carrega uma força poderosa que pode causar o fim do mundo conhecido. Reconheceu as tramas? Nitidamente, há uma fusão de As Crônicas de Gelo e Fogo e O Senhor dos Anéis.

O segundo ponto que incomoda é a falta de coerência em algumas atitudes. Um exemplo: a harpa é um objeto poderoso e oculto; apenas o rei tem conhecimento dela. Ele, sabendo que a harpa pode cair em mãos erradas, propõe um plano: devolver o objeto ao Templo das Fadas. A forma: convocando todo o povo e contando sobre o objeto, seu poder e objetivo. Ou seja, para devolver o instrumento com segurança, o rei, em toda a sua sabedoria, não planeja uma missão secreta, mas conta o maior segredo do seu reino a todos, expondo as fraquezas. Lógico? Não me parece.

Contudo, a obra também carrega alguns pontos positivos. O primeiro deles é a escrita do autor. Apesar de ainda estar claramente em processo de amadurecimento, ela consegue ser clara e envolvente, deixando a leitura da obra ágil. A construção dos personagens também foi interessante, apesar de ainda não ser a ideal. Contudo, por se tratar de uma série, acredito que o completo desenvolvimento dar-se-á nos próximos volumes.

Quanto à parte física, não há muito que comentar, visto que a edição é em e-book. A capa é bonita e retrata bem o estilo da obra, deixando claro o que o leitor pode esperar. Não há uma diagramação diferenciada no e-book; apenas títulos e texto. Ela é funcional e confortável, proporcionando uma boa leitura.

Em suma, O Clã dos Cavaleiros Perdidos – A Harpa Sagrada é uma obra não muito original, mas envolvente. Ainda falta certo amadurecimento no autor, mas há a chance de crescimento com os próximos volumes e também dele encontrar seu próprio estilo. Se o leitor busca uma trama leve, sem exigir grandes surpresas, o livro pode agradar. 



Comentários
21 Comentários

21 comentários:

  1. Oi Marcos!

    Infelizmente, eu não leria a obra. Tenho As Crônicas de Gelo e Fogo aqui, e se for para fazer uma releitura, prefiro ler eles.
    Não conhecia o autor nem a editora, quem sabe um dia eu dê uma chance a eles, mas por agora, prefiro não me arriscar.

    Como sempre, ótima resenha!

    Bjo bjo^^

    ResponderExcluir
  2. Oi Marcos!
    Já tinha ouvido fla do livro, me disseram que não curtiram a leitura exatamente pela falta de originalidade. Á princípio pensei que fosse a falta de interesse da pessoa por conta do gênero fantasia e tals, mas lendo a resenha agora, não sei se me aprofundaria na história, espero um dia mudar de idéia em relação á obra do autor e me deixe cativar...
    Excelente resenha!
    Bjs!

    ResponderExcluir
  3. Nossa eu já estava louco com o livro só pelo nome, ai você o compara com Game of Thrones e O Senhor dos Anéis... quero!
    Gosto de livros de fantasia desse estilo, sempre me chamou muita atenção. Ótima dica!

    www.booksever.com.br

    ResponderExcluir
  4. Meniiiino, eu não curto fantasia... ainda mais com esses furos todos.

    Essa dica eu passo!

    Bjksssssssss

    Lelê

    ResponderExcluir
  5. No seu primeiro paragrafo você descreveu TUDO, ou quase tudo, que me faz AMAR fantasia e para minha alegria e pena também o que me faz pensar duas, três ou até quatro vezes antes de pegar um novo lançamento do gênero. O livro pode ser tanto um terremoto em sua percepção do mundo real e compreensão das relações humanas/sociais/politicas/filosóficas como um belo de um saquinho!

    Não digo que passo longe e nunca lerei "O Clã dos Cavaleiros Perdidos – A Harpa Sagrada", mas também não boto na minha lista! Uma pena, espero que o autor se encontre, só existe uma forma de você aprender a escreve e é escrevendo, isso ele já faz então pode ser que no futuro a história cresça e no rastro delas venha outras melhores e mais originais.

    Pandora
    O que tem na nossa estante

    ResponderExcluir
  6. Adoro fantasia, pena que o autor se perdeu na obra


    Beijos!

    EsmaltadasdaPatyDomingues

    ResponderExcluir
  7. Oi Marcos!
    Fantasia é um tema delicado, principalmente quando tem o objetivo de mostrar algo novo. Mas pelo visto essa obra não foi bem assim. Nem precisei chegar ao final da sua análise pra perceber que já tinha visto essa história em algum lugar. Eu entendo que muitas coisas na vida são inspiradas em grandes sucesso, mas ficar preso apenas a isso pode não dar certo. Não consigo dizer se leria ou não, estou na dúvida. A ideia do autor é interessante, mas deveria ter trilhado outras possibilidades, né?
    Abs!

    ResponderExcluir
  8. Pixa, sempre que vejo o gênero Fantasia sendo tratado, espero uma história completamente atraente. Que pena que esse livro não se caracteriza assim.
    Realmente tem uma fusão desses livros tao conhecidos. Não gosto quando isso acontece, como você diz, perde a originalidade.
    Quem sabe se nos próximos livros a história não se complete não é? Esperamos que sim!

    ResponderExcluir
  9. Oi.
    Quando vi a capa e li a sinopse, até cheguei a me interessar, pois gosto muito do gênero fantasia. Mas depois de ler sua resenha,já não tenho animo para ler esse livro. É certo que agradará muitos leitores, mas vou deixar passar, pois minha lista de futuras leituras é imensa e cresce dia-a-dia, então procuro selecionar melhor possível. Obrigada pela resenha, clara e objetiva. Abraços.












    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  11. Olá, Marcos.
    Eu amei essa capa e vim conferir a resenha. Que pena que não te agradou tanto. Eu como não ligo para clichês, pode ser que eu goste da história. Tem alguns gêneros que fica difícil fugir do obvio, mas dá para mudar algumas coisas e esse aprece que não muito muito não hehe. Mas ainda assim é um livro que eu leria.

    Blog Prefácio

    ResponderExcluir
  12. Oi Marcos, tudo bem?
    Eu gosto bastante de fantasia, então talvez eu lesse o livro, apesar dos pontos citados :3
    Como ainda não li As crônicas de Gelo (e provavelmente não lerei) e ainda estou no primeiro livro de Senhor dos Anéis, acho que as semelhanças não vão me incomodar :P
    E o livro é tão curtinho :3 Se eu tiver no kindle (é tanta coisa que eu nem sei o que tenho ahhahah) lerei :3
    E espero que a experiência seja melhor que a sua, vamos ver ... :)
    Beijooos
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  13. Não sou muito fã de livros envolvendo Reis, castelos e fantasias em geral. Acho, como você disse, que há muita falta de originalidade na maioria das obras! A própria capa é bem parecida com algumas da coleção O Senhor dos Anéis…

    ResponderExcluir
  14. Olá!
    Acho que já é de conhecimento público que AMO fantasia! Gostaria de ler a obra sim, sempre me envolvo nessas histórias, por mais clichês ou lugar comum que sejam.
    =D

    http://osdragoesdefogo.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  15. Bom, ainda não li As Crônicas de Gelo e Fogo e nem O Senhor dos Anéis, por isso acredito que esse livro seria uma coisa nova para mim. A capa é realmente linda, estou curiosa para conhecer a escrita do autor. Porém, ainda não tenho certeza se lerei O Clã dos Cavaleiros Perdidos, pois já pretendia ler As Crônicas de Gelo e Fogo e O Senhor dos Anéis e como os enredos são parecidos, acredito que ficaria repetitivo.

    ResponderExcluir
  16. Olá Marcos,

    Em primeiro lugar, gostaria de agradecer pela sinceridade na sua resenha sobre o meu livro. E agradeço também a todos que opinaram aqui.

    Por incrível que pareça, embora muito não acreditem, eu rascunhei a história do livro muitos anos antes de conhecer ou ouvir falar em As Crônicas de Gelo e Fogo. Ainda era criança quando, junto ao meu pai, comecei a desenvolver a sinopse.

    Minha inspiração sim, era Tolkien e sua inigualável obra. Mas nunca busquei copia-lo.

    ResponderExcluir
  17. Continuando:

    Quando comecei a ver a semelhança em alguns pontos com a obra de RR Martin, fiquei preocupado, mas optei em não fugir da minha história. Mesmo que agora pareça muito semelhante, acredite: é muito diferente. Os próximos volumes irão mostrar isso. Aproveito para dizer que em breve A Harpa Sagrada sairá em formato físico. Agradeço pela resenha.

    ResponderExcluir
  18. Fantasia é um gênero que gosto bastante também, apesar de tudo parecer uma mescla do que ja fez sucesso, eu daria uma chance a obra... obviamente não mexeu com minha mente, mas caso tenha a oportunidade irei ler.

    ResponderExcluir
  19. oi tudo bem..
    adoro romance,mas pra diferenciar um pouco sair daquela mesmice eu enbarco no mundo da fantasia e confesso que adoro,ja li alguns ebooks ,mas prefiro mesmo livros fisicos ,gostei bastante da capa por ela eu ja leria ,mas o fato do autor ter pegado na escrita da historia desanima..otima sua resenha.
    abraço e muito sucesso.

    ResponderExcluir
  20. Marcos
    Eu gosto demais deste gênero e achei a capa e os títulos bem atraentes. Mas me incomodaram alguns pontos que você destacou na resenha, como o caso da estratégia do rei para devolver a harpa o Templo das Fadas. Mas não deixaria de ler o livro por isso, apenas porque minha lista de leitura é muito grande, então só acrescento livros que quero muito.
    Gisela

    ResponderExcluir
  21. Sete reinos?? Afffs, cansei!
    Achei cansativo e meio incoerente os elementos abordados, acho que não lerei.
    Ainda mais misturado com Guerra dos trono, outro negócio que não entendo bem.
    Desculpa aeh, mas não é o meu forte.

    ResponderExcluir

© Desbravador de Mundos - Todos os direitos reservados.
Criado por: Marcos de Sousa.
Layout por Fernanda Goulart.
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo