22/09/2016

Resenha: Magos da Música

Título: Magos da Música
Autor: Alexandre de Almeida
Editora: Premius Editora e Gráfica
Ano: 2014
Páginas: 160
Compre: Aqui (com o autor)

Sinopse:

Imagine se as coisas a seu redor começassem a mudar completamente. Imagine se tudo que você fizesse acabasse sendo esquisito de alguma forma. Imagine se você tivesse poderes.
Pietro Jones era um garoto normal, mas nas vésperas de seu aniversário, algo parecia diferente. Algo havia mudado. Seu temperamento, suas ações... O que está acontecendo?
O garoto que sabe tocar qualquer instrumento que coloquem a seu dispor e que seria capaz de produzir magia com uma única nota. Mas ele não sabia. Não sabia que era dotado da inteligência que muitos humanos não têm. Não sabia que seria alguém maior do que pensava ser. Não sabia o quão era importante em certas partes de um mundo... ou de outro.
Seus pais lhe escondem um segredo. O segredo que esclarece tudo em sua vida.
Pietro descobre, em seu aniversário de 16 anos, que é um...
Bem, é alguém especial.
Boa leitura!

Resenha:

Atualmente, encontrar um livro original é raro; até mesmo livros que mesclem elementos originais com clichês são difíceis de encontrar. Então, ao começar a ler Magos da Música, fiquei surpreso, pois ele entra exatamente no segundo grupo. Se tratando de fantasia, originalidade é algo ainda mais raro de conhecer.

Logo no início da obra, conhecemos Pietro Jones, um garoto aparentemente normal, mas que está vivendo momentos estranhos e turbulentos. Ele está perto de completar seus dezesseis anos quando certas mudanças começam a acontecer, tanto em sua mente como em seu corpo. Desesperado, ele não sabe o que fazer.


Pouco antes do seu aniversário, Pietro faz descobertas que abalariam qualquer adolescente; primeira: ele é adotado. Segunda: seu verdadeiro pai aparece sem aviso e quer levá-lo embora. Terceira: o seu pai é um poderoso mago da música; ele, por consequência, também é um mago. Desse momento em diante, Jones vai descobrir um mundo que ele sequer imaginava existir.
“– Nós somos uma geração de Magos. Os Magos da Música. Você toca algum instrumento? Sente prazer em fazer música? – indagou-me ele, mas eu só acenei com a cabeça fazendo que sim. – Talvez demore um pouco para entender. Faça suas malas. Pegue somente o necessário, entendeu? Conto-lhe no caminho” (p. 18).
Ao começar a ler a obra, deve-se ter em mente que ela é bem juvenil. Caso o leitor mergulhe no enredo procurando uma fantasia adulta, certamente se decepcionará. Digo isso logo de início porque algumas características da obra são inerentes aos livros juvenis, o que pode causar estranhamento a quem lê apenas livros mais maduros. Entre elas estão o enredo mais simples, narração simplificada e as características dos personagens. Falarei um pouco mais de cada um desses detalhes abaixo.

Em relação ao enredo, devo dizer que ele é bem descomplicado e original. A originalidade advém dos Magos da Música, seres mitológicos que nunca vi na literatura fantástica. Se já existiam, admito que os desconhecia por completo. Basicamente, eles fazem magia enquanto tocam seus instrumentos; a música deles é capaz de fazer maravilhas, desde encantar dragões a vencer inimigos. Já a descomplicação do enredo é devido aos “enfrentamentos” simples e às soluções mais simples ainda. As maiores dificuldades possuem soluções não muito complexas, o que pode irritar um leitor mais crítico. Além disso, temos decisões tomadas baseadas em confiança cega em desconhecidos, amor quase a primeira vista e etc.


Em relação aos personagens, eles não são muito aprofundados. Com exceção do protagonista-narrador, que conseguimos conhecer melhor, os demais conhecemos apenas o necessário para não se tornarem estranhos a quem lê. Visto que a obra é destinada a um público mais jovem, acredito que tal característica pode ser benéfica, visto que deixou a narrativa mais leve e a leitura muito mais rápida, principalmente porque foi aliada a uma escrita direta.
“– Filho, há muito tempo os humanos não acreditam em dragões de nenhuma espécie. Dizem ter sido extintos, assim como os dinossauros, por isso não os veem. Você consegue ver, mesmo sem acreditar, porque é um Mago e todos os magos podem ver dragões” (p. 21).
Em relação à revisão, não tenho o que reclamar. Quanto à parte gráfica, acontece o mesmo. Ela consegue ser simples e bonita. A capa é chamativa – ao menos para mim – e a diagramação tem seu charme, além de ser confortável. Isso torna o livro ainda mais atraente.

Diante dessas características, afirmo que, pesar de eu não ser o público alvo da obra, consegui curti-la. Dificilmente será o livro da sua vida, mas é um bom livro. Alguns aspectos mencionados na resenha podem não agradar a todos, mas quem gosta de fantasia mais juvenil, com soluções simples e enredo descomplicado, certamente gostará da obra.



Comentários
13 Comentários

13 comentários:

  1. Gente, que livro mais lindo. Tenho uma queda enorme por histórias que envolvem música, e agora misturaram música com fantasia? É mais do que eu poderia imaginar. Quero muito conhecer, embora seja uma fantasia mais jovem e sem muito aprofundamento dos personagens. Obrigada por me apresentar esse livro incrível.
    Um abraço!

    http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/

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  2. A capa e o título são maravilhosos!!! Mas a história parece mesmo bem juvenil! Não que isso seja ruim, ao contrário, mesmo tendo passado da idade, gosto bastante do estilo!
    Vai para a lista de desejados..até porque música é vida!
    Beijo

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  3. Oi Marcos! Tbm não curto mto esse gênero, mas confesso que o enredo me agradou e me deixou um tanto curiosa pra conhecer a obra, em breve qro ler sim...
    Bjs!

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  4. Helloo, Marcos! Tudo numa nice?!
    Quando eu vi essa capa imaginei um contexto de livro totalmente diferente. Acho que você já sabe que meu gênero favorito é fantasia, e eu até leio fantasias juvenis, mas eu sou muitooo crítica e chata quanto a soluções fáceis, enredo descomplicado e narrativas do gênero em primeira pessoa também. Sério. Não sei porque, eu sempre prefiro em terceira pessoa. Eu também gosto de aprofundamento dos personagens, então, acho que não curtiria muito a leitura. Não sei...
    Ótima resenha by the way!!
    Beijin...
    Pieces of Alana Gabriela

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  5. Oi, Marcos
    Não teria problemas com uma narrativa mais juvenil. Estou gostando ultimamente de ler mais livros nesse estilo. Deu para imaginar que os personagens nao seriam tão aprofundados.
    De qualquer maneira, adorei a dica, e leria com certeza.

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  6. Olá, Marcos.
    O curioso é que não sou muito de ouvir músicas, mas adoro séries, filmes ou livros que tenham alguma coisa a ver com ela. Também não lembro de ter visto nos livros um mago da música, por isso me interessei bastante em conhecer esse. Ótima dica.

    Blog Prefácio

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  7. Oi, Marcos!!
    Achei interessante o livro!! Ainda não li nenhum livro falando de magos da música!! Gostei muito da sinopse parece ter uma história legal.
    Beijoss

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  8. Muito interessante a premissa do livro. Quando vi do que se tratavam os magos da música, lembrei de uma coisa que já vi, não sei se você conhece o Nerdcast, um podcast do site Jovem Nerd, é muito legal, mas tem um série de podcasts de RPG, e no primeiro deles um dos personagens era mais ou menos como um Mago da Música, então esse não foi um assunto totalmente novo pra mim. Mas mesmo assim, esse foi o único lugar que já tinha visto algo sobre isso, e não foi aprofundado, então adoraria ler esse livro. Vou colocar na lista de desejados e ler assim que puder.

    Abraços :)

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  9. adorei a indicação!
    realmente o problema não são os clichês, mas as pessoas que não sabem mesclar com algo original e concordo que tá ficando dificil achar
    também gostei da capa é bem bonita!
    quando eu tiver querendo algo mais juvenil, acho que vou dar uma chance para esse livro

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  10. Oi.
    Amei essa dica, que capa linda! Adoro livros com temas infanto-juvenis. Gosto dos personagens cativantes, da simplicidade e ousadia dos enredos, dessa leitura leve, mas que prende atenção. Gostaria de ler essa obra, com certeza. Suas resenhas, sempre ótimas. Obrigada.
    Abraços.

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  11. Realmente ,livros desse gênero e originais estão praticamente em extinção,Rsrs.
    E em geral livros de fantasia são juvenis, mas mesmo assim adoro ler.
    São descomplicados leves e ideais de se ler depois de livros mais densos.

    E fiquei sim,com vontade de conhecer a verdadeira história de Pietro.

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  12. Logo no início da resenha eu já quis ler o livro, ultimamente estou saturada de tanto ler clichês e livros previsíveis, enredos originais são poucos, como o desse livro. Não tenho problemas com livros juvenis e quero saber mais sobre o pai do menino e a história de sua adoção.

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  13. Oi Marcos
    realmente pela resenha o livro parece ser bem ortogonal, assim como você ainda não li nada sobre magos da música. Ando evitando livros mais infantis mas sei que me divirto quando leio o gênero.
    abraços
    Gisela
    www.lerparadivertir.com

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