22/02/2016

Entrevista: Maicon Tenfen

Biografia:

Maicon Tenfen nasceu em Ituporanga, interior de Santa Catarina.
Formou-se em Letras em 1998. Entre 2000 e 2006, concluiu os cursos de mestrado e doutorado em Teoria Literária na Universidade Federal de Santa Catarina.
A partir da publicação do primeiro livro, em 1996, lançou duas dezenas de títulos entre crônicas, contos, ensaios e romances. Destacam-se Um Cadáver na Banheira (romance, 1997), O Impostor (contos, 1999), Mistérios, mentiras e trovões (contos, 2002), A Culpa é do Mordomo (crônicas, 2006), Breve Estudo sobre o Foco Narrativo (ensaio, 2008), A Galeria Wilson (romance, 2010) e Ler é uma droga: crônicas sobre livros e leitura (2012).
Por mais de dez anos escreveu crônicas semanais para o Diário Catarinense. Também colaborou com o Jornal de Santa Catarina, assinando uma coluna diária entre 2007 e 2011. Duas vezes recebeu o primeiro prêmio do Concurso de Contos Paulo Leminski (1997 e 1999) e também foi o primeiro colocado do Concurso de Contos de Araçatuba de 2005. Quissama - O Império dos Capoeiras é finalista do Prêmio Jabuti 2015 na categoria literatura juvenil.
É professor de Literatura Braseileira na FURB (Universidade de Blumenau), ministra oficinas de redação criativa e já realizou mais de 400 palestras em escolas de ensino fundamental, médio e superior. Apresenta o Literatus TV, um programa sobre literatura exibido pela NBR TV e pelo YouTube.
Dedica-se atualmente à tradução e adaptação dos manuscritos de Daniel Woodruff.

Sobre o livro:

Quissama – O império dos capoeiras (resenha) – Rio de Janeiro, dezembro de 1868. O moleque Vitorino Quissama foge da senzala para procurar a mãe desaparecida. Recorre ao viajante Daniel Woodruff, exagente da Scotland Yard que pode ajudálo em sua missão. Transitando entre os salões da corte e as precárias moradias dos cortiços, a dupla terá de enfrentar os perigos e as injustiças de uma sociedade sustentada pelo trabalho escravo.
Baseado nos manuscritos de Daniel Woodruff (1832-1910), O Império dos Capoeiras reconstitui a saga de uma cidade dividida pela guerra secreta dos Nagoas e Guaiamuns, duas das maiores e mais temidas maltas do século XIX. Numa época em que o escritor José de Alencar era Ministro da Justiça e o Império do Brasil destinava todos os seus recursos à Guerra do Paraguai, Woodruff mal podia imaginar que, por trás da busca pessoal de Vitorino, insinuavase uma conspiração que mudaria os rumos da nossa História.

Entrevista:

1. Olá, Maicon. Primeiramente, obrigado por conceder a entrevista ao blog.
Comece, por favor, se apresentando aos leitores. Quem é Maicon Tenfen? Por que você começou a escrever?
Acho que sou um sujeito que gosta de mentir. Daí a minha vocação de escritor, já que, como se sabe, todo escritor é uma espécie de mentiroso profissional. Meu ofício de romancista não só me dá autorização para mentir como me obriga a fazer isso da melhor maneira possível. Indiretamente, estou me referindo àquilo que o Mario Vargas Llosa chama de “Verdade das Mentiras”. É justamente quando você mente com mais intensidade, ou seja, quando faz literatura, que as verdades ocultas do indivíduo e da sociedade acabam vindo à tona. Compliquei? Talvez, mas o fato é que, se você quiser conhecer uma determinada cultura, procure por seus romances, contos e poemas, ou seja, por seus textos de mentirinha e faz-de-conta, e não por seus artigos científicos ou jornalísticos, que se pretendem verdadeiros.

2. Quissama começa de uma maneira bem interessante e que prende a atenção do leitor: há uma afirmação de que o enredo é totalmente verídico e que o livro é um resgate de manuscritos antigos. Mate a nossa curiosidade: quanto do livro é realmente real?
Já admiti que sou mentiroso. Infelizmente, não posso ser irresponsável na mesma medida. Se fosse, diria que todo o romance é verdadeiro, já que foi baseado nos manuscritos de um inglês metido a aventureiro que respondia pelo nome de Daniel Woodruff. Conforme anotado na última página do livro, eu e a Editora Biruta deixamos bem claro que Quissama é uma obra de ficção. O recurso dos manuscritos serve para dar mais veracidade à história e fazer uma brincadeira com os romancistas do século XIX. José de Alencar, por exemplo. Aqueles caras adoravam dizer em prefácios que o livro que o leitor estava prestes a ler nada mais era que um manuscrito encontrado numa arca ou coisa semelhante. Considerando que o Quissama pretende ser uma espécie de romance de aventuras do século XIX – mas atenção: com o herói negro, algo impossível na época – recorri ao mesmo expediente.

3. Geralmente, é necessário um bom tempo de pesquisa para tecer uma boa obra. Como foi o seu processo de pesquisa e quanto tempo ele demorou? Você acredita que esse período foi essencial para o bom desenvolvimento da obra?
Sim, foi essencial. A pesquisa durou quase dois anos. Envolveu a leitura de inúmeros livros sobre a história do Segundo Reinado, o período em que se passa a nossa aventura. Nesse sentido, os estudos do Carlos Eugênio Líbano Soares foram fundamentais. Ele é um dos maiores pesquisadores brasileiros da Capoeira e da cultura negra em geral. Mas também fiz pesquisa de costumes nos romances da época, especialmente em Machado de Assis, José de Alencar e Aluísio Azevedo. Como as pessoas se vestiam? O que comiam? O que faziam para se divertir? Quais eram os modismos e as gírias correntes? São perguntas que os livros tradicionais de História não podem responder. Por fim, fiz uma pesquisa topográfica. Visitei o Rio de Janeiro e passeei calmamente pelos cenários da história: a Rua Riachuelo, na Lapa; a tradicionalíssima Rua do Ouvidor; a Praça da Constituição (hoje Praça Tiradentes); a Rua Uruguaiana, onde ficava o Alcazar Lírico de Madame Aimée, o café-cantante mais badalado de todo o Rio de Janeiro. Durante todo esse processo, os personagens foram surgindo e o enredo foi se desenhando na minha cabeça. Depois foi só sentar e escrever, um trabalho que durou mais oito meses.

4. Na maior parte das vezes, os autores também são leitores vorazes. Quais são os seus autores favoritos? Há alguma influência desses escritores na sua escrita?
Tenho muitos autores favoritos, e eles mudam conforme o passar do tempo. Às vezes estou mais propenso a leituras ligeiras e descompromissadas, algo do gênero best-seller, mas às vezes estou a fim de encarar livros mais elaborados, mais eruditos, que me desafiam enquanto leitor. No fim das contas, porém, sempre acabo voltando aos mesmos autores, como o Llosa, que já citei, o José Saramago, o grande Rubem Fonseca (que homenageei com um easter egg no Quissama: ahá, duvido você descobrir!), o Machado de Assis e aquele que eu considero o maior contador de histórias que o Brasil já conheceu: Erico Verissimo. É bem provável que todos esses autores – e muitos outros – exerceram influência sobre a minha escrita. O grande desafio de um escritor, por isso, é encontrar a sua voz própria. Influência é uma coisa, imitação é outra. Basta que o leitor tenha um pouquinho de experiência para perceber se você está emulando ou copiando o estilo dos seus ídolos.

5. Eu vejo Quissama como um livro que pode ter uma continuação. Existe essa possibilidade? Se sim, há alguma previsão?
Sim, o Quissama terá continuações. Ele foi planejado como uma trilogia. O segundo volume, que se passa na Guerra do Paraguai, sairá em 2016. O terceiro, com nossos heróis de volta ao Rio, tem previsão de lançamento para 2017.

6. Quissama teve o seu universo ampliado para um jogo. Conte-nos um pouco mais sobre esse projeto e como foi ver sua obra alcançando novos horizontes.
É fantástico ver a adaptação de um livro para outras mídias, sejam quais forem. Isso porque uma adaptação sempre pressupõe uma releitura da obra original. A trama e os personagens se aprofundam, adquirem novos significados, às vezes sequer imaginados pelo autor inicial. No caso do jogo, foi melhor ainda porque pude acompanhar todo o processo de criação, um processo que se deve inteiramente ao meu amigo Ricardo Spinelli, alguém que, ao contrário de mim, entende muito de jogos de tabuleiro. Agora, veja que coincidência: o Ricardo é citado na introdução do livro como alguém que me prestou assessoria na tradução dos manuscritos de Daniel Woodruff. Naquela época, não havia o objetivo de se criar um jogo. O destino é que trouxe essa boa ideia para o Ricardo, que fez um excelente trabalho e criou situações lúdicas que têm a ver com o livro mas que funcionam independentemente da leitura. Já joguei muito Quissama, mas até hoje só ganhei uma partida...

7. Seus personagens são profundos e bem construídos, o que me agradou demais. Sabendo que criar um personagem é como fazer uma amizade, você tem algum personagem seu que é o queridinho? Se sim, por quê?
Sem a menor dúvida, sou um amigo fiel de Vitorino Quissama. Eu tenho certeza absoluta de que, numa situação de perigo, ele faria o possível para me ajudar. Nunca se acovardaria, nunca retrocederia. Muitas pessoas leem o livro e falam comigo sobre o tema profundo da obra. É a amizade. A amizade entre dois indivíduos de mundos e condições opostas. Só têm uma coisa em comum: na hora do perigo, ajudam-se mutuamente, custe o que custar, não por uma questão de troca, de toma lá dá cá, mas por uma questão de hombridade, de justiça, de coragem, de saber que aquilo é o certo a fazer. Quissama e Woodruff ainda passarão por maus bocados nos próximos episódios da série. Espero que achem um jeito convincente de se safar.

8. Todo escritor, um dia, dá seus primeiros passos na literatura. Quais dicas você dá para quem está começando?
Três conselhos: ler, ler e ler. É impossível que você possa criar algo interessante sem conhecer a tradição literária e o estilo dos principais criadores. Emular um autor preferido pode ser bom no começo, mas chegará o momento em que, como falei há pouco, o aspirante a escritor deve buscar a sua própria voz, a sua própria maneira de escrever e contar uma história. A prática constante é a única forma de chegar a esse ponto.

9. Maicon, novamente, muito obrigado por conceder a entrevista ao blog e parabéns pela boa obra criada. Agora o espaço é todo seu: deixe uma mensagem para os leitores, venda seu livro, convide-os para conhecer novos projetos... Fique à vontade!
Ah, obrigado. Então aproveitarei a oportunidade para fazer dois convites. O primeiro: conheçam o Quissama, leiam os livros da série, joguem uma partida no tabuleiro. Todo o projeto foi feito com sincera dedicação. O segundo: visitem o meu canal no YouTube, o Literatus TV. Lá, inclusive, vocês encontrarão uma série chamada “Como escrever um livro”, na qual falo de técnicas narrativas e dou dicas a escritores iniciantes. Muito obrigado.


Comentários
25 Comentários

25 comentários:

  1. Meus parabéns pela ótima entrevista, todas as perguntas foram muito bem boladas. Já tinha ouvido falar da obra do autor há um tempo e quero muito ler! Abraços e suscesso.

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  2. Adorei a entrevista , ficou muito bom !
    Um beijo
    http://garotaantenadas2.blogspot.com.br/2016/02/loja-de-sapatos.html

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  3. Oi...
    Que entrevista nota 1000! Adorei conhecer um pouco mais sobre o autor, principalmente, porque ainda hoje havia lido a resenha de Quissama por aqui, e simplesmente AMEI!!!
    Que o Maicon faça muito sucesso <3
    Beijos

    http://coisasdediane.blogspot.com.br/

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  4. Olá, Marcos.
    Excelente entrevista. Você fez ótimas perguntas e o autor se mostrou de uma simpatia ímpar.
    Fiquei curiosa para saber se você descobriu a easter egg que ele colocou no livro em homenagem ao Rubem Fonseca. :)
    Forte abraço.

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  5. Oi Marcos,
    Excelentes perguntas você elaborou para a entrevista em?! Conseguiu cessar todas a dúvida que tinha se era baseado em fatos reais, obrigada. O livro com certeza entrou na minha lista de desejados. Mas uma coisa não foi respondida, o livro está sendo vendido em qualquer livraria?
    Abraços

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  6. Não conhecia o autor e adorei conhece-lo e saber um pouco mais sobre a obra dele! Adoro essas entrevistas!
    Beijos,
    Luana Agra - Sector 12 - http://sector-12.blogspot.com.br/

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  7. Não conhecia o autor nem o livro ainda. Gosto de ler principalmente sobre o processo de criação dos livro, e esse pelo visto deu bastante trabalho (2 anos de pesquisa e 8 meses de escrita!). Isso sempre serve para relembrar que fazer um bom trabalho não é simplesmente "dar sorte", e sim uma mistura de dedicação e conhecimento.

    Tami
    Gaveta Abandonada

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  8. Ótimas perguntas! Parabéns pela entrevista!
    Gostei do que ele falou sobre escritores serem como mentirosos profissionais, nunca tinha pensado dessa forma, mas até que é verdade! hahaha
    A obra deve ser muito rica, pois o moço pesquisou muito ao que parece!
    Enfim, ótima entrevista! *-*

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  9. Oi Marcos!

    Adorei sua resenha do livro e tbm a entrevista! Já comecei rindo aqui, pois todo bom escritor diz que tbm é um ótimo mentiroso! kkkkkkk Tbm sou meio que boa mentirosa, mas pra escrever... olha, é dificil! kkkk

    Parabéns ao Maicon! Sucesso! E claro, livro adicionado na minha lista de desejados! *o*

    Bjo bjo^^

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  10. Oi, Marcos
    Sem dúvidas todo escritor é um bom mentiroso rs Apesar de usar a ficção para montar a história, misturar esses autores do século XIX deve ter dado algo a mais mesmo na história. Curti a resenha anteriormente, e gostei da inteligência do autor nas respostas. Adoraria ler a obra.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  11. Adoro entrevistas porque são uma excelente maneira de conhecer um pouco o autor, saber como foi o processo criativo da obra, dos personagens...
    O autor parece bastante simpático, gostei das respostas elaboradas e confesso que estou pensando no fato de que todo escritor é um mentiroso profissional, nunca tinha pensado nisso.rs
    Ótima entrevista!
    Beijos.

    Li
    Literalizando Sonhos

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  12. Olá, Marcos.
    Acabei de comentar na resenha e disse que não tinha interesse no livro. Mas adorei a entrevista com o autor. E que legal saber que o livro será adaptado para um jogo.

    Blog Prefácio

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  13. Não conhecia o autor, mas concordo com ele em vários pontos sobre ser escritor e a busca de novas culturas e só através da Literatura sabemos ângulos que os livros de História nem sempre contam.
    Parabéns aos dois e sucesso.

    http://www.liliterario.com/

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  14. Oiii Marcos, tudo bem??? É muito legal entrevistar um autor depois que lemos sua obra não é mesmo? Pois assim podemos fazer perguntas referentes a obra :3
    E todo autor é meio mentiroso mesmo hahahhaha. Criar histórias tem disso, não tem? :)
    Acho que não conheço o canal do autor, vou lá conferir :)
    Beijooos
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  15. Conheci o escritor aqui no blog. Infelizmente ainda não li nenhuma obra dele. A entrevista foi bem interessante, muito legal conhecer a inspiração do autor para a obra, a construção dos personagens, enfim, gostei muito da entrevista.
    Abraço!

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  16. Gostei muito da entrevista, e fiquei ainda mais curiosa para ler Quissama. Mas como será uma trilogia, acho que prefiro esperar pra que estejam todos publicados pra finalmente ler. E vou conhecer o canal do autor, bem interessante.

    Abraços :)

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  17. Oi, Marcos.

    Eu lembro que também li essa entrevista e comentei na postagem
    Livros que têm todo um trabalho de pesquisa têm muito mais credibilidade, não? Ainda mais um livro no estilo de Quissama.

    Sobre o jogo... achei muito bacana a ideia!


    Beijo
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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  18. O autor me ganho em sua resposta para a terceira pergunta da entrevista. Que trabalho sensacional, é notável que se dedicou para criar uma obra excelente - e podemos ver que deu mais que certo pela resenha que lemos aqui no Blog!
    E essas referências todas a grandes autores? vou iniciar a leitura procurando esse easter egg em homenagem ao Rubem Fonseca HAHAHA
    Adorei, vou acompanhar o canal do autor e conferir esse jogo, com certeza!

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  19. OI Marcos!!
    Como disse na resenha não acho que o livro seja meu estilo, por ter um traço mais de época, que não me cativa tanto.
    O autor porem parece ser super simpático!
    Adorei também as dicas dadas a respeito da escrita, pois estou com "projetos em mente" kkk
    Realmente ele dedicou uma pesquisa muito profunda para compor sua obra, e isso me serve de inspiração.
    Abraço.

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  20. Marcos!
    Tão bom poder acompanhar uma entrevista bem conduzida e conhecer melhor mais um autor nacional e bem preparado.
    Sucesso!
    “Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.” (Oscar Wilde)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Top Comentarista fevereiro, 4 livros e 3 ganhadores, participe!

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  21. Da para notar q a estrutura das entrevista é bem diferente do que sou acostumada a ver, gostei de conhecer um pouco o escritor, parabéns!

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  22. Olá... Ainda não conhecia o autor... Mas adorei a entrevista... Perguntas nada clichês... Gostei demais de conhecer um pouquinho mais sobre esse autor.
    Abraços

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  23. Legal essa entrevista. Adoro ver o processo de escrita dos autores, é tanta coisa que eles fazem pra trazem um livro "à vida" e às vezes não notamos isso, não percebemos o trabalhão por trás de certas obras. Dois anos de pesquisa, ler tudo o que podia daqueles tempos...caramba! É muita coisa. Não sabia que tinha um jogo, que bacana! E vamos esperar que saia logo mais livros dele =D

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  24. Amei a entrevista. Fiquei triste por ter que esperar mais alguns anos pela continuação, mas o lugar em que será ambientado e por ser em época diferente dos outros livros com certeza compensará.

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