21/07/2016

Resenha: A menina que brincava com fogo

Título: A menina que brincava com fogo
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535926170
Ano: 2015
Páginas: 608
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Sinopse:

Nada é o que parece ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo, que sabe atacar com precisão quando se vê acuada. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça - a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis - e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados. A menina que brincava com fogo segue as regras clássicas dos melhores thrillers, aplicando-as a elementos contemporâneos, como as novas tecnologias e os ícones da cultura pop. O resultado é um romance ao mesmo tempo movimentado e sangrento, intrigante e impossível de ser deixado de lado.


Resenha:

Resenha sem spoiler do livro anterior

Lisbeth, grande destaque do livro anterior, não tem uma vida fácil. Depois dos eventos da última obra, sua vida tinha tudo para ficar mais simples. Contudo, ao contrário, parecem ficar ainda mais conturbadas. Isso porque, numa mesma noite, três pessoas são assassinadas. Sendo um deles o tutor de Lisbeth. Para piorar, a moça acaba sendo a principal suspeita dos crimes, tornando-se procurada. Para não ser presa, ela some do mapa. Porém, como Mikael sabe muito bem, Lisbeth não é o tipo de mulher que vai apenas se esconder.

Os outros dois assassinados faziam, antes do acontecimento do crime, uma investigação profunda sobre violências contra a mulher, o que estava irritando pessoas importantes. Ademais, a matéria que estava sendo preparada prometia trazer grandes revelações. Mikael, sabendo que Lisbeth não poderia ter cometido os três crimes, resolve investigar por conta própria. Contudo, será que o jornalista estava enganado sobre a moça?


Partindo dessa premissa, Larsson volta a criar um enredo de tirar o fôlego. Aqui nada é o que parece ser e ninguém pode ser considerado muito confiável. O autor gosta de brincar com os fatos e causar reviravoltas, o que faz com a leitura se torne ainda mais viciante. Além disso, incrementa elementos quase inimagináveis na obra, mostrando toda a sua genialidade.
“O interessante não era resolver contas. Cinco vezes cinco sempre dava vinte e cinco. O interessante era tentar compreender a composição das regras que possibilitavam resolver qualquer problema matemático” (p. 27).
Nessa obra, as críticas sociais persistem. O autor é duro ao criticar a violência, o desprezo e o preconceito com os diferentes, o que deixa o livro mais profundo. Além disso, esse volume possibilita conhecermos mais sobre Lisbeth. Entendemos os motivos de suas idiossincrasias, o que a deixa ainda mais atraente para o leitor. Se antes o mistério a fazia interessante, agora a sua personalidade lhe deixa irresistível.

Outro aspecto que merece ser mencionado é que, nessa obra, outros personagens chamam a atenção, visto que, acompanhamos, além da investigação de Mikael, a investigação da polícia. Ademais, Lisbeth ganha outros aliados para provar a sua inocência, todos bem construídos e aprofundados, mostrando novamente o talento do autor em criar personagens verossímeis.


A diferença crucial dessa obra para a primeira é que o primeiro volume se encerra em si, podendo o leitor continuar na série ou não. Nessa segunda obra, temos um grande gancho, tornando quase impossível não querer ler o terceiro volume da série. Os fãs dos livros únicos podem ler apenas o primeiro livro sem problemas, contudo aconselho continuar a série para entender melhor os personagens e conferir a genialidade do autor.
“Lisbeth Salander era a mulher que odiava os homens que não gostavam de mulheres” (p. 560).
Em relação à parte física, o segundo livro segue o padrão do primeiro: capa bonita e atraente; diagramação confortável que possibilita uma ótima leitura. A tradução e revisão continuam ótimas.

Em suma, A menina que brincava com fogo é um livro que mantém o bom nível do anterior e deixa os personagens já conhecidos do leitor ainda mais profundos. Sem dúvidas, obra recomendada.



Comentários
18 Comentários

18 comentários:

  1. Oi Marcos, tudo bem?
    Essa semana mesmo eu li uma resenha do último livro da trilogia, onde o blogueiro informou a estatística da violência doméstica na época em que o livro foi escrito, eu fiquei impressionada!!! Por isso o que mais chama minha atenção na obra é a crítica que o autor fez de forma profunda. Mas agora lendo sua resenha, vejo que o livro tem muito mais a nos oferecer. Nossa, se falou que o autor é genial, com certeza preciso conhecer. Já vi que irei devorar essa história, que está cheia de reviravoltas!!! Adorei sua resenha, arrasando como sempre!!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  2. Oi Marcos!

    Apesar de amar profundamente essa trilogia, meu livro preferido é esse e o terceiro volume. Porque? Bem, são os livros que contam a história de Lisbeth.
    Como vc disse, Lisbeth é uma personagem forte e a amo por isso. Mas tbm, a admiro demais pelas pedras que ela conseguiu contornar nos caminhos da vida.

    Adorei sua resenha, deu até vontade de ler de novo! rsrsrsrsr

    Bjo bjo^^

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  3. Oi, Marcos
    Gostei ainda mais desse volume do que o anterior, mas claro que leria na ordem.
    Fiquei mais curiosa para conferir os livros depois dessa resenha. Gostaria de conhecer a personagem e todo esse ótimo desenvolvimento que você elogia.

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  4. AFFFFFFFFF, tá tá tá!!!
    Eu lerei o segundo também. Não precisa insistir, rsrs

    Adorei a resenha!!

    Bjkssss

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  5. Olá!
    Aaah eu gostei desse tbm!! Como nunca li obras de Stieg Larsson estou bastante curiosa pra conhecer a trilogia e saber mais sobre o livro que parece msm bom!
    Bjs!

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  6. Oi!
    Como mencionei na resenha anterior, preciso desses livros! A capa está linda e esse enredo me deixa muito curiosa! Ainda não vi nenhum filme referente aos livros, mas também quero assistir. Adoro um suspense bem elaborado, com personagens fortes e um enredo que prende a atenção do começo ao fim. Ótima resenha. Abraços.

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  7. Sobre resenhas que não dão spoilers dos livros anteriores! <3 <3 <3
    ARRASOU, se antes eu já queria ler, agor posso dizer que PRECISO LER O QUANTO ANTES!!!!
    Bjoos

    Jovem Literário

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  8. Olá, Marcos.
    A Lisbeth roubou a cena no primeiro livro, mas nesse ela brilhou a história toda. Ela é um dos melhores personagens literários que conheço. Esse livro foi perfeito e o terceiro é ainda melhor hehe.

    Blog Prefácio

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  9. Olá, tudo bom? Eu ainda não tinha lido nenhuma resenha desse livro acredita? Parece ser um ótimo livro, fiquei muito interessada, vou procurar o primeiro livro para eu ler *_*

    Beijos
    http://resenhaatual.blogspot.com.br/

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  10. Oi, Marcos

    Sumi de novo, eu sei, mas me enrolei novamente e estava desde semana passada sem postar e sem visitar blogs. Mas já estou de volta! Haahaha

    Eu nunca li nada do Larsson, mas em todas as resenhas que leio os blogueiros se rasgam de elogios ao autor. O fato da violência contra a mulher ser abordada e do livro possuir críticas sociais também muito me interessa.

    Tem a adaptação do primeiro livro, né? Será que farão do segundo? Vc disse que o primeiro é uma história fechadinha... então de repente nem produzirão.

    Beijo
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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  11. Oi Marcos, tudo bem?
    Fiquei curiosa para conferir esse livro. Falou de investigação e comentou que nada é o que parece ser, meus olhos já começam a brilhar :3
    Mas como comentei na resenha anterior, não me sinto preparada para ler essa série (ou é trilogia?)
    Quem sabe no futuro :)
    Beijoooos
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  12. Apesar de ter gostado bastante do primeiro livro, esse se tornou o meu favorito. Pelo simples fato de ser mais focado na Lisbeth. É aqui que vemos como ela ganha força e entendemos um pouco dos seus motivos para agir como age e ser como ela é.
    Não lembro muito bem dos detalhes que me fizeram amar tanto esse livro, pois tem muito tempo que o li, de modo que estou mega ansiosa para conseguir um tempinho e reler a trilogia.

    Confissões de uma Mãe Leitora

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  13. Achei bacana essas reviravoltas que você citou, gosto muito de livros assim! Prende o leitor de uma forma incrível!
    Espero ter a oportunidade de ler a série!


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  14. nossa ele fez mais reviravoltas? deve ser aqueles livros que vc quer ler de uma vez só de tanta vontade de descobrir o que foi que aconteceu
    obrigada por avisar que o primeiro dá para ler só mas esse vc vai ficar desesperada pelo seguinte ;)
    mas três para minha lista

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  15. Marcos
    Como já disse no comentário do primeiro volume, sou apaixonada pela série. Acho que todos deveriam ler os três livros, mas acredito que quem lê o primeiro já vai ficar ansioso para ler os próximos. Gosto como o autor além de todas as críticas sociais, retrata que podemos viver felizes sem preconceitos.
    Abraços,
    Gisela
    Ler para Divertir
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  16. Recentemente assisti ao filme e não gostei!
    O Livro é Melhor??
    Fiquei curioso com as reviravoltas!

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  17. Diferente das outras trilogias essa não deixa a desejar em seu segundo livro, parece que a trama criada pelo autor só melhora, fiquei ainda mais curiosa.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  18. Me interessei mais por esse!
    Tendo a Lisbeth envolvida nos acontecimentos mais diretamente e deixando um grande mistério no ar.
    A capa continua maravilhosa.

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