09/03/2017

Resenha: The Walking Dead – Busca e Destruição

Título: The Walking Dead – Busca e Destruição
Autor: Jay Bonansinga
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501109293
Ano: 2017
Páginas: 294
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Sinopse:

O sétimo volume da série que é sucesso na TV, nos livros e nas HQs. Lilly Caul e seu bando acreditaram que a paz estava mais próxima. Uma velha ferrovia que ligava Woodbury e Atlanta permitiu um projeto de reconstrução que acarretaria uma nova era de trocas, progresso e democracia. Isso até a cidade ser mais uma vez atacada e todas as crianças raptadas. Quem seria capaz submeter inocentes a tal violência gratuita, e por quê? As respostas para tais perguntas vão revelar que os mortos-vivos não são o maior problema do mundo pós-apocalipse. O maior dos desafios sempre repousa em seus adversários humanos… 

Resenhas anteriores:


Resenha:

Cada vez que sai um novo livro dessa série é uma emoção e amor enorme. Essa história é focada na Lilly Caul, uma das minhas heroínas favoritas; aliás, esse livro saiu graças ao querido Jay Bonansinga, que não desistiu de escrever os livros da saga. Esse novo enredo enlouqueceu-me de uma forma tão profunda que espero conseguir expressar o que foi ler esse sétimo volume. Quer saber os motivos? Confira abaixo.

Lilly Caul já viu e enfrentou muitas coisas para proteger sua preciosa Woodbury; ainda assim, cada impacto e desafio que enfrenta ainda pode ser considerado insano. Anteriormente, enfrentou um grupo de lunáticos liderados por um homem louco que deveria ser o mais são e um exemplo para seus cidadãos, já que era um reverendo.

Com um novo objetivo, Lilly tenta reconstruir uma ferrovia que pode melhorar as buscas por suprimentos, habitantes e até para facilitar o deslocamento sem ameaças dos errantes. Após longos meses, ela conseguiu uma grande ajuda de outras cinco cidades que se tornaram posteriormente aliadas, acelerando assim o progresso da ferrovia. Ainda assim, parece ser um projeto ambicioso demais, mas se existe a personificação da esperança seria com toda certeza a Lilly.

Em mais um dia de trabalho na reconstrução da ferrovia, o grupo de Lilly nunca poderia imaginar que estavam sendo atacados e quando chegassem a Woodbury seria tarde demais, pois a cidade foi devastada, porém, o mais curioso era que os suprimentos estavam intactos, nada foi roubado ou destruído; por outro lado, os habitantes estavam mortos e as crianças raptadas.


“Por algum tempo, o mundo dos vivos evoluiu para um crisol de conflitos tribais, barbárie, crimes oportunistas e irritantes disputas territoriais”.
Quem era o monstro que tinha raptado suas crianças? Por que atacar tão inesperadamente e não levar nada de valor, apenas as crianças? Quais eram os planos desse novo grupo? Quão perigosos eram? São muitas perguntas sem respostas que intrigam Lilly, e sem opções apenas seguindo seu instinto maternal irá em busca de seus meninos e de sua vingança, esse grupo não sairia impune do que fizeram com sua cidade.

Assim, Lilly, Jinx, Tommy Dupree, Norma e Miles Littleton vão à caça do grupo desconhecido enfrentando muitas armadilhas, perigos e, claro, zumbis. O desespero de Lilly em resgatar as crianças é enorme, ao mesmo tempo, fica pressentindo o grande perigo que seu pequeno círculo familiar corre ao aventurar-se no desconhecido.

As perguntas que Lilly e seu querido grupo procuravam logo são respondidas, mostrando um propósito tão cruel e desumano que mesmo depois de todas as crueldades e barbaridades que já presenciaram não se comparam com essa nova ameaça. Até onde é considerado loucura? Como distinguir o certo do errado quando o mundo sucumbiu há tantos anos? A praga é uma justificativa para tanta perversidade vinda dos humanos?


“[...] Muitos se juntaram à causa puramente por acreditarem em Lilly Caul. Lilly causa esse efeito nas pessoas – uma espécie de osmose de esperança –, e, quanto mais às pessoas trabalham nesse projeto, mais acreditam nele”.

Eu sempre vou enaltecer e orgulhar-me da Lilly, vocês podem até ficarem cansados, mas o que posso fazer? Em todos os livros a personagem sofre uma evolução cada vez maior e sempre mostrando ser a grande mulher e heroína que admirei. Caul tinha tudo para desistir de reerguer Woodbury, mas sua fibra e força de vontade não deixaram; ela perdeu muitas pessoas que amava e mesmo assim não deixou de ter esperanças nas pessoas e de um futuro melhor. Mesmo com suas crianças sequestradas, não deixou de abandonar sua missão de salvá-las quando a maioria achava uma loucura ir atrás delas sem saber nada do inimigo. São tantos motivos e qualidades para admirar a personagem que, se eu for listar, será uma resenha absurdamente enorme e cansativa.

Com muitas cenas de tirar o fôlego e de deixar-me no auge da angústia, Jay trouxe cenas de pura ação, transformando muitos momentos – se não a maioria – em cenários de puro terror, com sua escrita envolvente e ousada, deixando cada vez mais passagens eletrizantes em um ritmo alucinante, não me deixando parar para nada, nem para respirar, de tão aflita e angustiada que ficava com muitos momentos de ameaças e riscos.

Antes do grupo encontrar os sequestradores, conhecemos o novo grupo de pessoas desprovidas de moral e respeito; o bando é mais ousado e perigoso do que pensava; eu ficava com medo do que iria acarretar quando os dois grupos finalmente se encontrassem. Tinha horas que pensava em largar o livro para não saber o que estava prestes a acontecer, mas como sou uma leitora curiosa e ansiosa, quem disse que consegui?


A cada livro, a história tem ficado mais sangrenta, violenta e de tirar o fôlego; não imaginava que algo superaria a Era do Governador, que foi carregada de mortes e consequências lamentáveis para os habitantes de Woodbury. Claro que eu sabia que surgiriam novos perigos e grupos que tentariam invadir a cidade, mas nada comparado ao que vem acontecendo desde o livro anterior. Um futuro melhor parece estar cada vez mais longe; sossego está fora do vocabulário dos sobreviventes; cada vez mais a humanidade tem mostrado que o verdadeiro inimigo não são os errantes.

Os momentos de riscos com a Lilly são de deixar o coração quase na mão; quando a personagem descobre o objetivo do sequestro fica alarmada e incrédula com a capacidade daquele grupo. Era sério aquilo que estavam planejando? Que tipo de monstro é esse? Como consegue dormir tranquilamente sabendo as vidas que tem em seu poder? O que será preciso para concluir a missão? Lilly Caul conseguirá sair “ilesa” dessa?

É muita loucura envolvida nessa história, as muitas armadilhas que nossa heroína enfrenta junto com seu grupo são tão bem elaboradas e articuladas que é quase impossível prevê-las ou escapar delas. Os perigos que já enfrentou não chegam a ser tão assustadores e a deixar as pessoas em um estado de impotência como esse. Se você sabe quão grande foram as dificuldades e adversidades enfrentadas por Lilly quando o Governador liderava, terá uma ideia do que é essa nova e aterrorizante história. Desde The Walking Dead - A Ascensão do Governador não encontrava nada tão arrepiante e abrasador.
                                                                
Li o livro em horas, fiquei completamente surpresa em como li tão rápido, mesmo quando estava cansada e com sono; essa nova história foi meu remédio, esqueci o que era sono e cansaço quando embarquei nessa nova era de caos. Acho que esse entrou para um dos meus favoritos da série e eu só tenho que ficar orgulhosa de perceber que a qualidade das histórias não caiu, pelo contrário, cada vez mais tem evoluído e meu carinho e afeto por essa série só tem aumentado. Então, se você parou de ler os livros, peço-lhe que continue e garanto que não vai se arrepender no final. Se você nunca leu a série, esse é um convite que faço para conhecer mesmo que nunca tenha lido nada do gênero.


Estou tão feliz que o Jay já anunciou o título do próximo volume chamado “Return to Woodbury” e também o mês de lançamento. Por enquanto ainda não sabemos quando será lançado aqui no Brasil, mas provavelmente início do ano que vem – e eu espero que não demorem a traduzir –, já que a Galera tem lançado com pouco tempo de diferença. Essa capa está incrível demais, já se tornou uma das minhas favoritas, a tradução de Ryta Vinagre está impecável, a diagramação confortável e a revisão boa, encontrei poucos erros. No geral é um exemplar que você vai querer ter na estante porque o conjunto da obra está de parabéns.

Agora o que me resta é esperar pelo próximo volume, enquanto vocês podem aproveitar e ler os sete livros ou continuar de onde parou para poder acompanhar a próxima história. Eu só posso dizer que estou bastante ansiosa e com as expectativas nas alturas. Tenho certeza que Jay não irá decepcionar-me. Espero que um dia ele possa vir ao Brasil receber esse carinho que tanto guardamos por suas histórias.

O inimigo está à espreita, conduzindo o grupo de Lilly para muitas armadilhas e perigos tão grandes que é quase impossível ser otimista e ter esperanças de sobrevivência. Não deixem de conferir as novas ameaças que Lilly e seu grupo enfrentarão!




Comentários
12 Comentários

12 comentários:

  1. Vou ter que procurar os livros para recomeçar a ler. A cada nova resenha eu me pergunto os motivos de ter parado de ler. Essa mistura de série e livros, sempre me bagunçou,mas lendo as resenhas de todos os livros, é claro que são dois mundos diferentes. Nada a ver a série(exceto os zumbis) com os personagens do livro.
    E preciso urgente conhecer os livros.
    Beijo

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  2. Ainda li apenas as resenhas do blog e por isso não deu muito para começar uma nova jornada de serie e livros agora mais espero poder fazer isso em breve e conferir como tudo vai acontecendo ao longo de mais pessoas se tornando zumbis acho que o final promete muito.
    Até mais!!!!

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  3. Oi, Thaís!!
    A cada resenha ficou mais curiosa sobre os livros de The Walking Dead. Como só assisti os episódios da série queria compará os livros com a série. Estou amando essas postagens.
    Beijoss

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    1. Oi, Marta! Tudo bem?
      Fico honrada e muito feliz que esteja gostando das resenhas sobre a série e espero que um dia possa lê-la.

      Obrigada por sempre nos visitar <3
      Beijos

      Beijos

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  4. Thaís!
    Acabamos sempre na máxima que os humanos são os maiores perigos que existem, nem mesmo os zumbis são capazes de fazer tanto mal para criancinhas.
    Adoro seus funkos, são demais!
    “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” (Simone de Beauvoir)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de MARÇO, livros + KIT DE PAPELARIA e 3 ganhadores, participem!

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  5. Continuo na duvida sobre os livros The Walking Dead hehe. Juro que vou procurar ler algo sobre eles, mas nunca vou assistir a série hehe.

    beijos

    www.meocntanoblog.com

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  6. Vou ser sincera, eu só assistir a serie hahaha
    Eu não sei se algum dia vou esta lendo os livros, porque na minha visão é sempre bom ler os livros primeiro para depois partir para as adaptação. Mas quem sabe não mude de ideia

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  7. Tenho uma certa preguiça dessa série. Em geral, livros de zumbis caem na mesmice. Você, por outro lado, falou com tanta paixão que deixa o leitor curioso.
    Talvez eu dê uma chance para a Lilly.

    Obs.: Snape por causa do HP?

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  8. Lendo essa resenha, me deu vontade de me bater. Eu comecei a ler a série, porém, numa onda de preguiça, parei! Confesso que achei um pouquinho cansativa a leitura e larguei de mão. E falta somente esse pra comprar. E o lançamento, claro.
    Fiquei sem folego e ansiosa só de ler a resenha! Como abandonei a leitura, vou ter que pegar do início, mas já sei que não vou querer largar agora! Tou pensando aqui comigo, o que seria isso de sequestrar essas crianças, com que finalidade? Vc escreve com tanto tato, que tou nervosa pra ler! Hahahahah Vou começar!
    Bjoss ♥ ♥

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  9. Não leria, pois morro ~~morro mesmo~~ de medo de zumbis. Eles são feios e aterrorizantes. rsrs
    Mas gostei muito da resenha e essa protagonista parece ser tiro, porrada e bomba. Gosto de mulheres assim.

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  10. Oi
    Estou cada vez mais gostando da Lilly, é bom saber que temos uma personagem feminina tão forte e que só melhora a cada livro. Se um dia vier a ler a série será por ela. Fico feliz que você esteja gostando cada vez mais da série A cada livro.
    abraços
    Gisela
    www.lerparadivertir.com

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  11. Realmente essa série de The Walking Dead não tem fim e que bom que a cada livro a história fica ainda melhor, não decai. Gostei da história focar em Lily, e gostei de sua personalidade forte. Outra coisa que gostei foi a história ter ficado mais sangrenta e de tirar o fôlego. Espero que os próximos livros continuem bons.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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