04/03/2017

Resenha: The Walking Dead: Invasão

Título: Invasão
Autor: Jay Bonansinga
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501106605
Ano: 2015
Páginas: 308
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Sinopse:

O sexto volume da série que é sucesso na TV, nos livros e nas HQs.
Das cinzas de uma devastada Woodbury, dois grupos de sobreviventes surgem, cada um com os próprios interesses em vista. No subterrâneo, nos labirintos de túneis antigos, Lilly Caul e seu grupo de idosos, desajustados e crianças tentam construir uma nova vida. Mas um desejo secreto ainda queima no coração e na alma de Lilly: ela quer sua amada cidade Woodbury de volta. Já o psicótico Reverendo Jeremiah Garlitz reconstrói seu exército de seguidores, com uma diabólica arma secreta. Ele planeja acabar com Lilly e seu grupo — os responsáveis pelo fim de seu culto — e agora, pela primeira vez, tem como enviar uma amostra do inferno diretamente aos habitantes dos túneis. O confronto final entre estas duas facções libera uma arma inimaginável, forjada a partir de monstruosas hordas de mortos-vivos, aperfeiçoadas por um lunático e banhadas no sangue de inocentes.

Resenhas anteriores:
Declínio

Resenha:

Meu pai do céu!!! Eu não sei nem por onde começar essa resenha. The Walking Dead é, com toda certeza, uma das melhores séries que li/leio e uma das minhas favoritas; não é à toa que sou tão viciada em histórias e filmes que tenham zumbis.

É muito amor envolvido por esses livros, The Walking Dead é tão especial pra mim que amo tudo, da série de TV às HQs. Então, prepare seu coraçãozinho, porque este livro vai destruir e acabar com todos seus sentimentos e emoções além de tirar seu sono e/ou ocupar seus sonhos.  Quer saber como? Confira abaixo.

Depois de descobrir e acabar com os planos do reverendo Jeremiah, Lilly Caul continua com o seu maior desejo que queima até a sua alma: recuperar sua amada Woodbury, mas as chances de recuperá-la parecem ínfimas.

Divididos em dois grupos, cada um com seus interesses e virando-se com o que sobrou depois da batalha, o grupo de Lilly mora nos confins do subterrâneo, com seus túneis antigos e medonhos, enquanto o grupo do reverendo Jeremiah busca abrigo e tenta reconstruir seu exército de fiéis para um plano diabólico e insano. Sua sede de vingança tornou-o mais perigoso e lunático. Sua vingança está crescendo e finalmente se moldando, quando reúne uma horda de zumbis para usá-la como arma secreta contra seus traidores, e não hesitará em matar até inocentes para concluir sua retaliação e conseguir sua paz espiritual.


Eu estava muito ansiosa para ler mais este livro e com muitas saudades do grupo de Lilly e, principalmente, desta anti-heroína que eu tanto amo.

Após a dolorosa e desastrosa batalha que acabou deixando Woodbury infestada pelos errantes, o labirinto de túneis, que graças ao Bob Stookey foi encontrado, foi adaptado para uma situação de emergência ou o novo lar. Entretanto, a teimosia e perspicácia de Lilly começam a preocupar o grupo com seu insaciável desejo de ter Woodbury de volta.

Enquanto isso, Jeremiah Garlitz e seus fiéis – únicos sobreviventes – Stephen Pembry e Reese Lee Hawthorne conhecem Norma Sutters em uma igreja abandonada e ambos têm uma ajuda mútua ao tentar encontrar  Miles Littleton e o grupo do padre Murphy. Ao encontrar abrigo e ajuda, Jeremiah começa a manipular os seguidores do padre Murphy de uma forma teatral tão verdadeira que, se o eu não soubesse das terríveis atrocidades que ele cometeu, teria acreditado, mas só sentia mais nojo e raiva dele.

Após a morte do padre Murphy, Jeremiah começa a arquitetar seu plano maligno para vingar-se de Lilly. A bondade e sanidade que restavam nele sumiram há tempos, ninguém consegue pará-lo até concluir sua missão que Deus enviou.


“Norma ainda tenta compreender esse bom homem e pastor que chama a si mesmo de irmão Jeremiah. Por um lado, parece bastante confiável- simpático, um bom ouvinte, cortês e capaz de lidar sozinho com uma capela cheia de cadáveres reanimados- por outro lado, porém, parece uma bomba-relógio ambulante, um gatilho humano que pode disparar a qualquer momento”.
Norma e Miles são os mais novos personagens que terão participação ativa na trama – esperem bastante ação e um pouco de humor com esses dois.  Eles mostraram serem importantes e fundamentais para desencadear o confronto final. Gostei demais desses personagens e já entraram na lista e torcida do “Espero que não morram”.
“Lilly observa quase estoicamente, numa curiosidade mórbida. A realidade é que ela ama esse homem e tem orgulho dele - orgulho por ele ter largado o vício na bebida, orgulho pela descoberta dos túneis, orgulho por ter salvado a vida de seus companheiros sobreviventes, por ser a voz da razão, leal e amigo”.
Eu sempre gostei, amei e fiquei apegada demais ao Bob e Lilly, a amizade que eles construíram ao longo dos livros foi realmente emocionante. Já enfrentaram tantas coisas juntos, a perda de seus entes queridos, derrotaram O Governador, viram a queda e ascensão de Woodbury e tantas outras situações que não consigo listar. Com toda certeza são os meus dois personagens favoritos, que deixaram meu coração a mil por se meterem em perigos incontáveis vezes.


“Eu sabia que deveríamos ter acabado com aquele escroto doente quando tivemos a chance- resmunga Bob depois de processar tudo”.
Tommy Dupree começa a mostrar ser uma criança bastante inteligente e forte – ele me lembrou um pouco o jeito que o Carl tem nas hqs – e também está bastante apegado a Lilly depois que seus pais morreram e ele e seus irmãos ficaram órfãos. Fiquei bastante surpresa e um pouquinho assustada com as ações e atitudes que ele começou a ter, porém essa é uma das consequências que o apocalipse zumbi causa nas pessoas e, infelizmente, uma criança que deveria brincar e se divertir tem que pensar em como proteger seu abrigo do inimigo e aprender a sobreviver.
“Bob Stookey não é ateu. Tem sua própria concepção de quem seja Deus e como o homem deve ser ocupado. Porém, naquele momento, ao tocar a chama do Bic na ponta do estopim de segurança e a juta faiscar, ele pergunta a Deus se por acaso não teria um tempinho para lhe fazer um favor”.
Quando os sobreviventes dos túneis descobrem tardiamente o plano do lunático reverendo, percebem que estão sem saída e que provavelmente morrerão sem ao menos lutar contra aquele desgraçado, mas, quando menos esperam, um plano arriscado e bastante engenhoso surge de uma forma surpreendente; às pressas começam a trabalhar incansavelmente para tentar, pelo menos, retardar a retaliação que os aguarda.


Em meio a todos esses conflitos, Jay Bonansinga mostra os momentos de amor e diversão, consegue transformar os momentos trágicos em belo; ler sobre a inocência das crianças é realmente tocante, dá vontade de entrar no livro e ajudar a cuidar delas junto com a Glória e a Barbara Stern. E o que falar dessa última? Barbara e David Stern são o casal de idosos mais fofo que já li, a delicadeza e a harmonia que eles têm é simplesmente linda. Fica impossível não torcer por esses dois e enlouquecer quando eles se separaram algumas vezes para ajudar os sobreviventes. É por isso que sou uma fã tão apaixonada, não só pela escrita do Jay, mas pela maneira que consegue conduzir o enredo, transformar momentos de tristeza em esperança e de emocionar-me quando menos espero.
“Mais que apenas o desejo de se vingar, mais que a mera satisfação de marcar um ponto, ela precisa acabar com esse homem”.
Eu vou ter que destacar a Lilly novamente, fico impressionada e orgulhosa de ver o quanto ela cresceu e tornou-se uma líder nata, não se entregou à tristeza e nem à desesperança quando perdeu seu bebê, Josh, Austin e outras pessoas que passaram e marcaram sua vida. Claro que teve seus momentos de fraquezas e descuidos que quase a mataram – e eu quase morri também –, mas o reverendo Jeremiah Garlitz conseguiu desencadear um sentimento tão avassalador em Lilly que nem o Governador tinha conseguido. Ele não imagina o quanto de força, astúcia e coragem ela carrega e pode desenvolver. Fiquei deveras ansiosa para vê-la destruir e causar a queda do reverendo, ah como eu não via a hora de ela acabar com a vida dele.

Eu tenho que agradecer a excelente tradutora Ryta Vinagre, que  deixou o livro impecável e manteve as fortes expressões e palavrões que compõem o livro. Eu não gosto de livro que contenha palavrões desnecessários, mas em The Walking Dead, eles são necessários para exprimir a intensidade dos sentimentos e emoções dos personagens. Confesso que teve momentos que achei até engraçados alguns xingamentos. Claro, tenho que parabenizar a Galera por ter mantido a capa original e não ter demorado a traduzir e lançar o livro no Brasil.

O confronto final chegou! Prepare-se para presenciar a batalha mais sangrenta e insólita de toda a série.



Comentários
15 Comentários

15 comentários:

  1. Depois de ter lido somente dois livros desta série, eu dei uma desanimada federal em relação a continuar a ler.
    Mas são tantas resenhas positivas no blog, que terei que rever isso e urgente.
    Por acompanhar a série na tv, tinha aquela impressão que seria tudo igual,mas não é de forma nenhuma!!!
    Acho que os três, livros, série e Hq's tem suas diferenças e pode ser que sejam, três histórias distintas!
    Vai para a lista de desejados com certeza!
    Beijo

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  2. Não sou fã de TWD mas amei demais esses bonequinhos rsrs nunca imaginei que zumbis seriam fofos *_*
    Falando dos livros, não tenho muita curiosidade em ler, apesar de ter gostado da Lily

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  3. Adoro Walking Dead, comecei a ver a série e rapidamente comecei a ler os quadradinhos. A história é muito bem contada e há sempre uma tensão constante!

    http://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt

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  4. Oi Thaís.
    Se eu tinha receio em ler os livros, fiquei bem curiosa depois dessa resenha. Sou amante da série de TV e dos HQs, então acredito que os livros não vão me decepcionar.
    Enfim, deve ser interessante acompanhar outros pontos de vista e outros personagens e essa guerra de interesses entre os humanos. Só serve pra mostrar do que as pessoas são capazes quando sua sobrevivência é posta a prova.
    Quero conhecer a Lilly e ver em que ela tanto evoluiu ao longo dos livros.

    Uma Mãe Leitora

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  5. Espero também gostar tanto assim da série porque ainda li poucas resenhas e já acho que acontece tanta coisa em apenas um volume, é bem melhor assim não gosto muito de historias paradas, acho que compensa ler os livros e assistir a serie pois pode ver duas versões poque com certeza na serie mudaram muita coisa.
    Até mais!!!

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  6. Thaís!
    O confronto final chegou e vai ser zumbi e seus pedaços para todos os lados...
    Sabe o que mais acho legal? É que você quando pega uma série, vai do início até acabar, não para e pode nos proporcionar trechos que encontraremos nos livros e o desenrolar de toda história.
    Bom final de semana!!
    “Se sabemos exatamente o que vamos fazer, para quê fazê-lo?” (Pablo Picasso)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de MARÇO, livros + KIT DE PAPELARIA e 3 ganhadores, participem!

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  7. Oii!

    Não consigo assistir The Walking dead, acho muito assustador hehe. Prefiro séries estilo romance ou comédia.

    beijos

    www.mecontanoblog.com

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  8. Oi, Thaís!!
    Estou louca para ler esses livros!! Como sou assisti a série queria muito comparar os livros com episódios da série!!
    Bjoss

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  9. Olá, a série de livros ainda se mantém com momentos de tirar o fôlego e cheios de ação, agora com mais tensão e confrontos definitivos. Beijos.

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    1. Ola, Alisson! Tudo bem?
      A série mantem o ritmo acelerado e com muita tensão. Espero que um dia possa ler.
      Obrigada pelo comentário <3
      Beijos

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  10. Nossa pela sua resenha deu para perceber que a série de livros só melhora. Fiquei com vontade de conhecer um pouco mais da amizade de Lilly e Bob. De todas as capas, acho essa a mais interessante. Ótima resenha.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  11. Nossa Thaís, com tanta empolgação você vai acabar me convencendo a ler a série, mesmo com tantos livros já lançados.
    abraços
    Gisela
    www.lerparadivertir.com

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  12. Essa obra é só sucesso, livro, serie...
    Então Lilly parece mosca morta hahah, particularmente hahah. Eu não gosto muito dela não. O que esse livro do The Walking Dead demonstra ter riqueza de detalhes surreal, fico feliz que ele possibilita viajar para dentro dos livros

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  13. Interessante esse lado religioso abordado na obra. Um diferencial dos demais livros sobre zumbis.
    Ficarei de olho nas suas resenhas sobre a série. Talvez você me convença a ler.

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